6 de fevereiro de 2016

Sistema Renina-Aginotensina

sistema renina-angiotensina é um sistema enzimático-peptídico sintetizado tanto na circulação como nos tecidos e é responsável por um dos mais potentes mecanismos de vasoconstrição, que está  presente no nosso organismo.



A cascata de reações inicia-se com a renina clivando o angiotensinogênio para que ocorra a formação do decapeptídeo inativo denominado angiotensina I, no qual é convertido pela enzima peptídeo ativo denominado angiotensina II. A angiotensina II resultante pode atuar em receptores específicos ou ser degradada em fragmentos menos ativos, como por exemplo, angiotensina III.
Molécula de Angiotesnina II

A renina é uma enzima proteolítica do grupo das aspartil-proteases, que cliva o angiotensinogênio no aminoácido aspartil. Na circulação e nos tecidos, a renina pode se encontrada na forma ativa (renina) ou inativa (pró-renina). É produzida na forma de pré-pró-renina e transformada em pró-renina, uma forma ainda inativa da enzima. As formas inativas são ativáveis por enzimas proteolíticas in vivo como, por exemplo, pelas calicreínas, e in vitro por acidificação, crioativação ou também por enzimas proteolíticas.

Apresenta alta especificidade pelo angiotensinogênio e sua concentração é  o fator limitante da velocidade de formação de angiotensina II. A renina renal é sintetizada, armazenada e secretada pelas células justaglomerulares. 

Nos seres humanos, sua secreção ocorre por meio de três mecanismos, que podem apresentar-se de modo independente ou integrado:
  • Pelos barorreceptores das células justalgomerulares encontrados na parede da artéria aferente, sempre que ocorrer uma queda de pressão de perfusão;
  • Pelas células da mácula densa, encontradas entre as arteríolas aferentes e eferentes, quando houver a detecção de queda da concentração de íons.
  • Pelos adrenoceptores β1 das células justaglomerulares, quando há a estimulação por parte da noradrenalina, liberada nas terminações nervosas pós-ganglionares do aparelho justaglomerulas.
Calma, não fica nervoso não, no texto tá tudo explicadinho ! rsrs

A liberação de renina é inibida pelas endoteliaise pela angiotensina II. A renina e a pró-renina encontradas em tecidos podem ser originadas pela síntese local e/ou pela recaptação da circulação.

O angiotensinogênio é uma α2-glicoproteína plasmática, encontrada nos tecidos e na circulação sanguínea. É sintetizado, especialmente, no fígado e secretado para a circulação. É um pré-pró-peptídeo, que origina a angiotensina I, que por sua vez, é um pró-peptídeo inativo.

A angiotensina I é processada pela enzima conversora de angiotensina (ECA) em angiotensina II. Nos tecidos, essa conversão pode ser feita por uma enzima específica, identificada inicialmente no tecido cardíaco.

A angiotensina II é o principal neuropeptídeo do sistema renina-angiotensina, por ser o mais ativo. É um potente vasoconstritor e desempenha a maioria das funções do sistema renina-angiotensina.
A angiotensina III é um fragmento da angiotensina II, ainda ativo, formado pela ação de aminopeptidases. Por meio de uma via alternativa, a angiotensina III pode também ser formada, a partir da angiotensina I, sem passar pela formação da angiotensina II. Nesta situação, angiotensina I é processada, primeiramente, por uma aminopeptidase e, por conseguinte, convertida a angiotensina III pela enzima conversora de angiotensina (ECA).

A angiotensina III é a forma mais ativa de angiotensina no cérebro. Ela é tão potente quanto a angiotensina II na liberação de aldosterona por parte da supra-renal (adrenal) e na liberação de renina pelas células justaglomerulares, porém possui apenas 30% de sua atividade vasopressora.
Angiotensina IV é um fragmento da angiotensina II. Sua formação se dá por ação de proteases tipo tripsina sobre a angiotensina II.
Os sistemas renina-angiotensina tecidual e sistêmico desempenham múltiplas funções sobre diferentes sistemas, como:
  • cardiovascular, regulando a pressão arterial e o tônus vascular;
  • Endócrino, liberando aldosterona;
  • Neuronal, liberando catecolaminas


Bibliografia: Guyton & Hall, Fundamentos da Fisiologia - 12 edição - Editora Elsevier


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